Mais do mesmo
TENDÊNCIA:
Como diria Cássia Eller: "mudaram as estações, e... nada mudou... mas eu sei que alguma coisa aconteceu... tá tudo assim, tão diferente..."
É uma lipo aqui, uma cirurgia ali, outra "correção" acolá.
É a cor do cabelo, é a cor dos olhos, é o sexo do bebê.
O que mais se poderá escolher?...ah sim, já ia esquecendo: ―os parceiros (as). Nesse caso seria mesmo uma escolha, ou uma troca?
Troca-se também de sexo, no mais amplo contexto da palavra sexo.
Adeus a tendência ao mesmo,
mesmo quando o _mesmo_ promete mudar
Mudar para mais do mesmo,
As mesmas mudanças e as mesmas escolhas.
Hoje escolhe-se mudar
e amanhã... mudar também...
e depois de amanhã, mudar outra vez para uma nova mudança que acaba sendo a mesma velha idéia "muda".
Emudecida... é cada vez mais baixo o nível de mudança, onde tudo e todos estão colocados em um só patamar:
para quem vende, e para quem entende que o:
O NEGÓCIO é mudar!
Mudar é lucrativo
e ao mesmo tempo danoso
movidos pela inconstante tendência de mudar
A tendência de Um, move a tendência do outro
Como se esse outro fosse Um, sem aparência, sem identidade.
Muda-se até não mais se reconhe-cer.
Muda-se... mudando de homem para máquina humana
fabricando uma demanda que não se sabe o quê... nem em quê mudar...
Mas... quem quer saber?
Nessa busca incessante de mais do mesmo
O ser do humano continua INSATISFEITO
fabricando desculpas para as culpas que carrega
e sedativos para a sua dor
Uma dor muitas vezes mergulhada em embrulhos, que se debulha em lágrimas disfarçadas em sorriso maroto.
Nessa aparente mudança de novas tendências, muda-se o nome, o estilo, a posição e o lugar... sem saber mais em que lugar ocupar... pois este mesmo humano, como ser, nunca esteve em lugar algum, a não ser aquele que perdeu-se no tempo e no espaço de sua própria história, e que o impulsiona a esta eterna busca... eterna busca de SI mesmo.
Busca esta que impulsiona os nobres ciganos das grandes metrópoles―a
alimentarem o engano e o engodo de suas almas.
Quem sabe assim, as mu-danças os acalmam
no mesmo compasso em que se descompassam.
Está na hora de mudar! (Que paradoxo, rsrs)
precisa-se urgentemente, mudar esta nova tendência de MUDANÇA que muda a todo instante como uma compulsão a mudança.
Abre-se aí um leque de subtópicos, para podermos destricha-los em outras postagens. Pois em se tratando de compulsão, falamos também de neurose obsessiva compulsiva.
E em se tratando de mudar, mudar, mudar, podemos falar também de um outro tipo de neurose que faz manutenção de sua INSATISFAÇÃO, a saber, a neurose histérica. Mas, no momento ficamos por aqui mesmo, oferencendo apenas, uma reflexão a essas mudanças, que muitas vezes é do Outro, ou dos outros, e não tua... atente a isto.
e buscar em suas próprias respostas, seu próprio rítmo, e seu próprio movimento.
Por outro lado, o mesmo paradoxo se alerta:
Precisa-se mudar essas tendências alienantes de seguir as mudanças do outro, no outro e para o outro.
Mu-danças essas que segue o passo e a dança alheia, ao mesmo tempo em que se anula os próprios pés do sujeito, e a finalidade dos mesmos.
Está mais do que na hora de atentar para aquilo que não é do campo externo, e trabalhar o que entende e se es-tende às pulsões humanas
(Pulsões, que por si só, são INconscientes, e que demanda uma escuta, uma expressão).
Concluo dizendo que a verdadeira mudança não é externa, e não está fora no ser.
Mas se dá de dentro pra fora, quando dá-se a se conhe-cer.
E dar-se a conhecer, implica, antes qualquer outra coisa, num compromisso íntimo, e individual, consigo mesmo.
Busque-se... o resto, é con-sequência, de uma sequência que só tem significados fora da cadeia (in)significante do discurso capitalista!
(o discurso é O'utro.
TENDÊNCIA:
"Tendência" do latim tendentia :significa tender para, inclinar-se para, ser atraído (a) por algo que chamou a sua atenção.
Como diria Cássia Eller: "mudaram as estações, e... nada mudou... mas eu sei que alguma coisa aconteceu... tá tudo assim, tão diferente..."
É uma lipo aqui, uma cirurgia ali, outra "correção" acolá.
É a cor do cabelo, é a cor dos olhos, é o sexo do bebê.
O que mais se poderá escolher?...ah sim, já ia esquecendo: ―os parceiros (as). Nesse caso seria mesmo uma escolha, ou uma troca?
Troca-se também de sexo, no mais amplo contexto da palavra sexo.
MUDA-SE:
O amor (os amores)
A moda, (as modas)
O modo (os modos)
A cor (as cores)
o adeus (as dores)
Adeus a tendência ao mesmo,
mesmo quando o _mesmo_ promete mudar
Mudar para mais do mesmo,
As mesmas mudanças e as mesmas escolhas.
Hoje escolhe-se mudar
e amanhã... mudar também...
e depois de amanhã, mudar outra vez para uma nova mudança que acaba sendo a mesma velha idéia "muda".
Emudecida... é cada vez mais baixo o nível de mudança, onde tudo e todos estão colocados em um só patamar:
- Muda-se de carro,
- de casa
- e parceiro
- Muda-se de amores, de país, e de pandeiro
- Muda-se até a raíz e cor do cabelo
para quem vende, e para quem entende que o:
O NEGÓCIO é mudar!
Mudar é lucrativo
e ao mesmo tempo danoso
movidos pela inconstante tendência de mudar
A tendência de Um, move a tendência do outro
Como se esse outro fosse Um, sem aparência, sem identidade.
- Quando chega a idade, o negócio é mudar...
- Quando chega o inverno, o negócio é mudar...
- Quando chega o verão...o negócio é mudar...
- Mas quando chega o outono, o negócio é mudar...
- Muda-se toda a prima-Vera, toda a prima Lúcia, todas as Josefa e Marias vai com as outras...(mas estas, continuam as mesmas).
Muda-se até não mais se reconhe-cer.
Muda-se... mudando de homem para máquina humana
fabricando uma demanda que não se sabe o quê... nem em quê mudar...
Mas... quem quer saber?
Nessa busca incessante de mais do mesmo
O ser do humano continua INSATISFEITO
fabricando desculpas para as culpas que carrega
e sedativos para a sua dor
Uma dor muitas vezes mergulhada em embrulhos, que se debulha em lágrimas disfarçadas em sorriso maroto.
Nessa aparente mudança de novas tendências, muda-se o nome, o estilo, a posição e o lugar... sem saber mais em que lugar ocupar... pois este mesmo humano, como ser, nunca esteve em lugar algum, a não ser aquele que perdeu-se no tempo e no espaço de sua própria história, e que o impulsiona a esta eterna busca... eterna busca de SI mesmo.
Busca esta que impulsiona os nobres ciganos das grandes metrópoles―a
Ciganos da Metrópole |
Quem sabe assim, as mu-danças os acalmam
no mesmo compasso em que se descompassam.
Está na hora de mudar! (Que paradoxo, rsrs)
precisa-se urgentemente, mudar esta nova tendência de MUDANÇA que muda a todo instante como uma compulsão a mudança.
Abre-se aí um leque de subtópicos, para podermos destricha-los em outras postagens. Pois em se tratando de compulsão, falamos também de neurose obsessiva compulsiva.
E em se tratando de mudar, mudar, mudar, podemos falar também de um outro tipo de neurose que faz manutenção de sua INSATISFAÇÃO, a saber, a neurose histérica. Mas, no momento ficamos por aqui mesmo, oferencendo apenas, uma reflexão a essas mudanças, que muitas vezes é do Outro, ou dos outros, e não tua... atente a isto.
Qual é a mudança que se busca?
- Será que é de objetos palpáveis?
- Será que é uma mudança externa?
- Será que é uma nova tendência?
- Será que é algo necessário ou desejado? (há diferenças)
e buscar em suas próprias respostas, seu próprio rítmo, e seu próprio movimento.
Por outro lado, o mesmo paradoxo se alerta:
Precisa-se mudar essas tendências alienantes de seguir as mudanças do outro, no outro e para o outro.
Mu-danças essas que segue o passo e a dança alheia, ao mesmo tempo em que se anula os próprios pés do sujeito, e a finalidade dos mesmos.
Está mais do que na hora de atentar para aquilo que não é do campo externo, e trabalhar o que entende e se es-tende às pulsões humanas
(Pulsões, que por si só, são INconscientes, e que demanda uma escuta, uma expressão).
Concluo dizendo que a verdadeira mudança não é externa, e não está fora no ser.
Mas se dá de dentro pra fora, quando dá-se a se conhe-cer.
E dar-se a conhecer, implica, antes qualquer outra coisa, num compromisso íntimo, e individual, consigo mesmo.
Busque-se... o resto, é con-sequência, de uma sequência que só tem significados fora da cadeia (in)significante do discurso capitalista!
(o discurso é O'utro.
[texto: Anderson Gomes]
________________________________________________________________________Referência.
TENDÊNCIA In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Tend%C3%AAncia> Acesso em: 4 março 2012.
Acredito que a mudança tem que partir de dentro para fora, através de atitudes e ações de revolta, não aceitando as circunstâncias que nos deixa cabisbaixo, deprimidos e sem motivações. O ato da revolta não a Deus e as pessoas, mas revolta dos problemas, da situação do momento. O ser humano para crescer em todos os âmbitos da vida,é necessário dar um passo para mudar, e essa mudança tem que ocorrer a partir do doar o seu melhor, os seus sentimentos, seu gesto de carinho e amor.
ResponderExcluirMuito obrigado pela participação Fernanda, minha cara colega de profissão. Como falamos, a mudança se dá de dentro para fora. Claro, que nem sempre é fácil, daí a importância de profissionais como nós, que tem a função de trabalhar o sujeito, para que ele encontre suas próprias mudanças, isto é, SE ele as julgar necessária. A partir daí, tudo se dá, quando este sujeito reconhece que precisa de ajuda (quando precisa dessa ajuda).
ResponderExcluirparabéns, ótimo texto.
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