sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

SAÚDE MENTAL e Violência Política

Acabei de cortar minha "juba". Durante o corte de cabelo, um assunto que eu vejo poucas vezes ser comentado nesses lugares:
- o mundo vai se acabar, num tem jeito E do jeito que a política está, só vai de mal a pior. - Dizia alguém, preocupado, e continuou seu desabafo dizendo:
- A minha esposa, desesperada, já me mandou parar com essas conversas. - Concluiu ele.
Eu, ouvi tudo atentamente, enquanto outras pessoas ali discordavam e rebatiam, um pouco nervosas, vertentes políticas. Já de saída, ao final do meu corte, eu disse:
- Esse mundo externo pode até se acabar com suas políticas corrompidas. Mas se não pudermos fazer nada por ele, façamos algo, por nosso próprio mundo interior... O mundo psíquico.💜
Eu não pude dizer muito ali. Era um lugar para cortes de cabelo onde, geralmente, costuma-se conversar sobre futebol, mulheres e marcas de cervejas. Mas poder deixar umas poucas palavras na tentativa de fazê-los pensar sobre um outro mundo, o mundo interno, psíquico, já foi muito suficiente para aquele momento.
Cada pessoa pode cuidar melhor de SI mesma para não se "acabar" com o "acabamento" dos outros. Para isso, muitas vezes se faz necessário ajuda profissional psicológica ou psicanalítica. Nunca é demais investir no tratamento de conteúdos íntimos e pessoais, especialmente nos dias de hoje: dias de violência na política, no trabalho, na escola e nas ruas; outras vezes, há violência até mesmo em casa... O que não deixa de ser corrupção. 
É cada vez mais urgente prestarmos atenção em nossos conteúdos pessoais para que eles não se projetem nos outros em forma de violência; seja esta violência verbal, política ou pessoal. Cada pessoa é responsável por sua própria SAÚDE MENTAL... Seu mundo interior.



segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

O Natal, de fato, existe?

O Natal, de fato, existe?
Para muitos é nascimento.
Para outros é um chiste.
Para uns: contentamento.
Para outros é crendice.
Para muitos é lamento.
Para outros é sorrisos.
Para muitos: dividendos.
Para outros: maluquices.
Para muitos: sentimentos.
Para uns: capitalismo.
Para muitos: uma data.
Para outros é tolice.
Para muitos é tormento.
Para outros é chatice.
Para uns: isolamento.
Para outros: simbolismo.
Para muitos: mangedoura.
Para outros: gorrinhos.
Para uns: investimento.
Pra outros: idolatria.
Para muitos: solução.
Para outros: dívidas.
Para muitos é: resposta.
Para outros: dúvida.
Para muitos: noite feliz.
Pra outros é agonia.
Para muitos é sagrado.
Pra outros: hipocrisia.
Para muitos é o Cristo.
Para outros é Maria.
Para muitos é Noel.
Para outros: fantasia.
Para uns: imaginário.
Pra outros: alegoria.
Para muitos é perdão.
Para outros: nostalgia.
Para muitos: fingimento.
Para outros é família.
Para muitos: comunhão.
Pra outros: fotografia.
Para muitos: mesa farta.
Para outros: mesa vazia.
Para muitos: tradição.
Para outros: mais um dia.
Para muitos: ficção.
Para outros: poesia.
O Natal, de fato, existe?
Se existe no Real, no Simbólico ou Imaginário:
O Natal para existir varia em significados.
 Para muitos é DESEJO,
 Para outros é um trauma.
Para muitos é uma ceia.
Mas para outros é alma.
O Natal, de fato, existe?
Depende do Natal.
Depende do que se insiste.
Depende do sujeito.
Depende da PSIque.
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Anderson Gomes

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

AMAR e ser MOLDADO


Era uma vez, três irmãs: Cinderela: Anastasia e Drizella. O trio não se relacionava muito bem. Mas tinham em comum o mesmo homem e fariam de tudo para consegui-lo. Tudo mesmo: desde prejudicar a concorrência à adaptar-se ao calçado alheio. Nesse mesmo sentido, muitos são aqueles que, na arte de conviver, tentam se adaptar ao outro como se fossem um número para o SAPATINHO de CRISTAL alheio, como nos contos de fada. Mas, por mais que o ser humano seja um ser adaptável, ele não é um número ou um sapato e nem precisa se sentir como tal, moldando-se conforme os pés do seu parceiro. Pois o esforço de esmagar a si mesmo para se emoldurar ao outro, pode gerar "calos", desgastes e angústias: diante do apagamento do desejo de um, pelo desejo do outro. Assim, fora o caso das duas irmãs de Cinderela: Anastasia e Drizella. Ambas tentaram forçar sua entrada no sapatinho que não era delas para conseguir um casamento desejado (pela mãe). Mas quantas vezes esse conto de fadas se reprisa na vida real quando "por amor" se molda à "fôrma" do objeto amado?
 Na arte de conviver, nem sempre é fácil perceber a diferença entre AMAR e ser MOLDADO. Cada ser é único... sem moldes e sem cópias
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Anderson Gomes
[psicólogo clínico]