quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O descobrimento da vida

Hoje, um dia após a data simbólica do natal,
Li uma mensagem compartilhada nas redes sociais que trazia a seguinte mensagem:

"A vida é muito curta para reunir a família somente no Natal"
O que me inspirou escrever que:

A vida é muito curta para homenagear quem amamos apenas quando elas morrem;

Ou para elogiá-las apenas quando é conveniente à nós mesmos;

A vida é muito curta para economizarmos gentilezas, cumprimentos, saudações.
A vida é muito curta para nem sequer agradecer a tudo isso;

A vida é muito curta para passarmos por ela sem contemplar a alvorada, ou o pôr do sol;
A vida é muito curta para passarmos por ela depressa demais.
A vida é muito curta para, uma vez  ao ano ― se dá o direito de dar um mergulho num rio, lago ou mar, de sua preferência.

A vida é curta demais para passar por ela, apenas, moendo e remoendo pontos negativos... e curta demais para colecionar  mágoas e dores

Mas a vida pode ser longa para quem só vive de conveniências;
Para quem sofre por conveniência;
E para quem se escora e se ancora no muro das lamentações.

A vida pode ser longa para quem não tem nada para fazer;
Para quem sente seus  minutos como se fossem horas, e suas horas como se fossem anos.

A vida pode ser longa para quem vive na penumbra da existência do Outro.

Mas a vida pode ser mais do que isso.
A vida pode ser dura, mas pode ser plena;
Conquistada e, até amena.

A vida pode ser outra

"A tua vida pode ser aquela que se descobre no desdobramento do teu papel ―nela― enquanto sujeito."(ANDERSON GOMES)

email: andersongomes@gmail.com