Poema de: Anderson Gomes
Ele sentou na areia...
E contemplou o mar.
Não apenas sentou ,
mas, assentou seus pensamentos lá
mas, assentou seus pensamentos lá
Ausentou-se um instante
Viajou no tempo
―sem direção
―sem direção
juntamente com as ondas
que ora ia e vinha abraçar a praia.
Seu amor também era assim
como as ondas do mar
como as ondas do mar
que ora ia e vinha abraça-lo
―à moda praia.
Levantou-se
e não mais mergulhou (como antes)
Contemplou-se
Contemplou-se
Não mais afogou-se (em si mesmo)
Não mais mágoas
Nem pranto
Seu desencanto
Nem pranto
Seu desencanto
―A água levou
Sua dor se esvaía aos poucos
como um barquinho solto de papel
como um barquinho solto de papel
Não mais casinhas
Nem castelos de areia
Não mais amores
Nem amoras alheias
Ele sentou na areia...
E contemplou o
mar.
Levantou-se
Pisou na estrada
Cuida agora do seu coração
Coração de brinquedo
Ou coração de papel
Fora o coração marinheiro
mar à fora
Coração de brinquedo
Ou coração de papel
Fora o coração marinheiro
mar à fora
Coração apertado
Busca um sentido
Quem sabe encontradoBusca um sentido
No oceano da vida?
Navergar é preciso
Navergar-se também
Novos amores e mares serão descobertos,
Após um mergulho interno ―Nas amoras do Ser.
NAVEGUE-SE!
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