segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A mudança que se espera dos outros

Olá pessoal? Como estão vocês?

            É comum observarmos em nosso dia a dia, como as pessoas desejam ou esperam que as outras "mudem". Mais que isso, querem "moldá-las". Isto com a ressalva de: "só quero que você 'melhore'"...ou "É para seu próprio bem". Só que, sabe-se que,  ninguém é igual a ninguém, e cada um de nós, e temos um processo psicodinâmico único.
           Quantas pessoas entram numa relação com a esperança de mudar o parceiro[a]?
Ignoram o fato de que ninguém muda ninguém. O que pode haver, como acontece na maioria dos fatos  é ― uma adaptação. Adapta-se ao outro. Mas não deveria se estranhar o fato de alguns comportamentos virem à tona [saindo debaixo do tapete] com o tempo.

       Outras vezes, essa expectativa que colocamos no outro nunca foi dele. Resta saber de quem são estas expectativas. Temos que saber o que é nosso conteúdo e o que é conteúdo do outro. Um percepção que não é tão simples assim. Pode levar tempo... Muitos passam uma vida inteira para percebem-se como pessoa, e não como sonho ou ideal do outro.
Expressões como:
"Você me decepcionou"
"Ele(a)  era a minha última esperança".
Só dizem respeito àquele que esperou, idealizou e colocou no outro um DESEJO que era próprio... e não do outro.
        O outro por sua vez, pode até ter tentado executar as informações que lhe foram imaginadas. Mas, como lidar com o imaginário do outro é tarefa exclusivamente dele, não cabe então esperar NADA, desse  outro... nem as decepções.
         Vive-se num mundo onde, comodamente, se atribue a alguém o desejo de "realizar-nos". (Anderson Gomes)
          Cabe uma intervenção psicoterapêutica, para que o sujeito possa se implica nas pŕoprias mudanças. Mudanças essas que esperam do(s)  outro(s).



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